Mobilização nas ruas e de deputados militares derruba manobra contra a classe
Teve desfecho positivo nesta terça-feira, 20, a grande mobilização de policiais e bombeiros militares por diversos estados e em Brasília, e a atuação firme dentro da Câmara dos Deputados por parte dos deputados federais que são militares. Após manobras no Senado, eles conseguiram que fosse alterado na Câmara o projeto de lei complementar 257/2016, que prejudicava muito os militares.
Através de uma nota oficial, o chefe da Assessoria Parlamentar da Polícia Militar de Goiás junto ao Congresso Nacional, e Presidente eleito da Associação dos Oficiais da PMGO, Tenente-Coronel Alessandri da Rocha Almeida, enfatizou que a vitória foi fruto da união dos militares e da articulação de parlamentares como o Coronel Alberto Fraga, o Major Sérgio Olímpio e o Subtenente Gonzaga Patriota.
“Somente com essa presença no Congresso é que fomos ouvidos, inclusive pelo presidente da República, Michel Temer, e também com ela conseguimos invalidar a manobra do Senado, via Renan Calheiros, que alterou o projeto na madrugada”, relatou ele por telefone logo após a votação na Câmara dos Deputados.
A manobra mantinha a retirada dos dispositivos que aumentavam a contribuição previdenciária, alteravam regimes jurídicos como os dos militares estaduais, prejudicando as classes. Além disso, vedava aumentos e benefícios salariais e suspendia conquistas como aumentos salariais que tinham sido parcelados e que estavam sendo quitados, informou em nota o Chefe da Assessoria Parlamentar da PMGO.
No dia 14, militares da ativa, aposentados e pensionistas de todos os estados e do DF, articulados pelas associações e por instituições como a Fundação Tiradentes (leia) fizeram atos em Brasília e nos seus estados. Em Goiás, as categorias ainda protestaram na Assembleia Legislativa, onde matérias prejudiciais também estão tramitando.
Justamente por este clima de instabilidade é que Alessandri destaca os frutos da mobilização como motivo para comemorar, mas sem deixar o estado de alerta: “Outras lutas nos aguardam também no Congresso Nacional no próximo ano, como a Reforma Constitucional da Previdência na qual governadores e secretários da Fazenda querem nos incluir”.
Pelo menos sete projetos que afetam prejudicialmente a atividade ou direitos de policiais e bombeiros militares tramitam em Brasília (leia mais).
