Morre segundo policial baleado em ocorrência de som alto
Faleceu por volta das 7 horas desta terça-feira, 14, o Soldado da Polícia Militar de Goiás Hélio Bezerra de Souza. O policial foi baleado em serviço e teve o intestino perfurado durante uma ocorrência de som alto no distrito de Itacaiú, município de Britânia, em julho de 2016. Ele passou por diferentes unidades de saúde e estava internado no Hospital São Francisco em Goiânia, mas não resistiu. O corpo seguirá hoje para ser velado na Câmara Municipal de Britânia, onde será enterrado.
Durante o período de tratamento do soldado a Fundação Tiradentes disponibilizou assistência contínua ao policial e aos familiares dele. Foram feitas aquisições de materiais pós cirúrgicos, doações de medicamentos e bolsas de colostomia, aquisição de colchão especial, doações de material hospitalar, pagamento de conta de energia elétrica e de água, doações de fraldas geriátricas, e doações de cestas de alimentos.
No mês passado a instituição também divulgou pedido de doação de sangue para o soldado que já vinha agravando o estado de saúde. Nesta manhã a Fundação Tiradentes divulgou nota de pesar lamentando o falecimento, fato que encerra de modo trágico um episódio corriqueiro na atividade policial, mas que neste caso terminou com três mortes e mais duas pessoas baleadas sem gravidade.
Na época, o episódio teve grande repercussão porque um vídeo mostrou Hélio e o colega dele, o Sargento Uires Alves da Silva, e um dos agressores, sendo baleados. Tudo aconteceu quando os PMs foram chamados para uma ocorrência de rotina, que, segundo o divulgado na ocasião, envolveu a desobediência em abaixar o volume do som em uma festa que incomodava a vizinhança, e a tentativa dos militares de prender o infrator que resistia, apoiado por familiares que se atracaram com os policiais. Uires teve a arma roubada e foi baleado pelas costas e mesmo após caído no chão. Hélio reagiu e baleou o agressor, mas foi ferido gravemente. Mais de 15 disparos foram ouvidos no vídeo. Uíres e o agressor morreram na hora.
O velório em Britânia será acompanhado por uma assistente social do Centro de Assistência Social (CASO) da PMGO, que funciona na Fundação Tiradentes.