Serviço de Nutrição alerta: Militares precisam dar mais atenção aos alimentos
Início de ano é sempre uma fase de selar ou renovar compromissos consigo e com a família. E cuidar da saúde deve, necessariamente, ser uma preocupação de todos. Neste sentido, contando com assistência especializada e acessível para tal, é muito bom começar 2017 com a meta de mudar os hábitos alimentares em busca de bem-estar e para tratar ou prevenir doenças.
O Complexo de Saúde da Polícia Militar de Goiás mantém o Serviço de Nutrição do Hospital do Policial Militar (HPM), unidade mantida pela Fundação Tiradentes através do Fundo de Assistência Social (FAS) e convênio com o Ipasgo.
Trata-se de um quadro de nutricionistas que atende em duas frentes importantes e com o apoio de outros profissionais (foto ao final). Uma das profissionais atende os policiais militares que passam pelo Centro de Saúde Integral do Policial Militar (CSIPM). Outras duas atendem os militares e seus dependentes que passam pelos consultórios do HPM.
A profissional que atende os policiais militares encaminhados pelo CSIPM, a Subtenente Mhara Cristine, alerta que só são selecionados para suas consultas os PMs que apresentem alterações como sobrepeso, ou taxas de triglicérides e colesterol altas, o que, nos dois últimos casos, representam 80% dos pacientes encaminhados para ela. Do fluxo atendido pelo CSIPM, a profissional estima que mais de 40% precisam ser encaminhados para o atendimento em Nutrição.
“Uma preocupação hoje é conscientizar o militar que passa pelo CSIPM de que ele deve retornar após a consulta inicial porque muitos ainda não entenderam que, após a prescrição na primeira consulta, é preciso manter um acompanhamento especializado”, enfatiza Mhara.
Uma das qualidades desse acompanhamento é que no próprio Complexo de Saúde os beneficiários da Fundação Tiradentes contam com o Laboratório Clínico Coronel Vasco Martins Cardoso, que processa cerca de 400 tipos diferentes de exames de análises clínicas, e que atende em convênio com o Ipasgo. E a Fundação desembolsa o total da parte que seria paga pelos exames aos militares que são usuários do Ipasgo, de forma que o custo é zero para estes.
Tabu – As nutricionistas do HPM destacam a importância de combater o tabu que leva a minimizar a relação do consumo de alimentos como fator de adoecimentos, obesidade, desconfortos e outros problemas.
As características do trabalho policial, que muitas vezes dificultam a encontrar opções acessíveis de alimentos saudáveis, forçando a lanches rápidos contendo alimentos baseados em frituras, por exemplo, não pode ser justificativa para que o militar deixe de se preocupar com sua saúde e ser persistente na escolha da refeição menos nociva que estiver ao seu alcance. E justamente por estarem mais expostos, e contarem com um serviço como o realizado no HPM, o número de PMs que buscam acompanhamento é considerado pequeno.
Na parte dos pacientes que buscam o atendimento de nutricionista nos consultórios do HPM, a obesidade é o principal motivo. Mas já surge demanda também por ganho de massa, como explica uma das profissionais responsáveis pelos consultórios, a nutricionista Glauciniene Maria Alves Pereira. “Nem todos querem apenas a perda de peso, alguns procuram atendimento porque desejam ganhos específicos”, observa, apontando como fator a onda “fitness” que influencia os adeptos de academias de ginástica.
A nutricionista destaca que a melhor orientação na atualidade é por uma reeducação alimentar que envolva a família. “Mudamos o foco do atendimento. Não há mágica”, sustenta.
Para pacientes como o militar da Reserva Idelson Carolino, o tratamento no HPM ajudou nesta mudança. “É o que tem dado suporte para conviver com dois problemas de saúde complexos”, relata. Ele sofre de intolerância à lactose e à frutose. Chegou nos consultórios encaminhado pelo endocrinologista do hospital e hoje está revendo seus hábitos, reduzindo alimentos que agravam os problemas, influências que ele desconhecia, em busca de melhorar a saúde.
A Subtenente Susy Darlen Soares de Almeida, também nutricionista do HPM, enfatiza a necessidade de o acompanhamento ser permanente para que o profissional meça a evolução e oriente os pacientes nas melhores condutas. Segundo ela, a maior parte dos pacientes a procurar a unidade é de dependentes de militares.
São pessoas como a aposentada Mariana Rodrigues Chaveiro, mãe de um soldado lotado em Goiânia. Hipertensa e obesa, ela chegou a ficar internada devido a outros problemas que agravaram por causa destas doenças. Decidiu procurar uma nutricionista do HPM e emagreceu 2,5 kls em 15 dias, apenas revendo a alimentação. “Eu achava que era algo muito difícil e caro, mas não é nada disso, a dieta ficou dentro do que eu já comia, apenas foi controlada a quantidade, as horas e o tanto de sal”, contou animada Mariana, paciente da nutricionista Susy.
Como as demais colegas do Serviço de Nutrição do HPM Susy alerta para a necessidade de os militares da ativa também se conscientizarem para uma mudança de postura em relação aos seus hábitos alimentares, visando melhorar a qualidade de vida.
Foi justamente em busca “de saúde e mais disposição”, que a Tenente-Coronel Vera Lúcia Vieira da Cunha Montagnini (ao lado) iniciou o acompanhamento nutricional. “São vários ganhos: disposição maior para o trabalho, perda de peso e consequentemente mais agilidade, e também um sono melhor”, cita ela que é Subcomandante de Saúde da PMGO e frequenta o Serviço de Nutrição do HPM desde 2008 quando foi encaminhada por um endocrinologista. Para ela, superar a adaptação inicial e se abrir para uma reeducação alimentar, exigiu um esforço hoje bem recompensado.
Telefone para agendar consultas: 62 3235-6222